Amor Não É Algo Que Se
Sente. É Algo Que Se Faz!
Por Rosana Braga
Não é novidade nenhuma afirmar que
um dos problemas mais graves e recorrentes em qualquer relacionamento é o da
comunicação. Muitos casais sequer sabem
do que é feita a autêntica e eficiente comunicação.
Comunicar-se com a pessoa amada não inclui somente falar, seja sobre o que
pensa, sente ou quer, como a maioria acredita. Inclui especialmente e acima de
tudo, ouvir. Mas não ouvir somente com os ouvidos, somente as palavras que
estão sendo ditas, somente o que é conveniente.
Para que uma conversa realmente termine bem, ou seja, sirva para resolver
pendências, amenizar crises e solidificar o amor, seus interlocutores devem
ouvir com todo seu ser, incluindo sensibilidade, intuição e a firme decisão de
– por mais difícil que seja – compreender o que o outro está pensando, sentindo
e querendo!
Mas por que isso parece mesmo tão difícil? Simplesmente porque aprendemos
que conversas entre casais que discutem alguma divergência têm de virar briga,
onde cada um deve tentar falar mais alto que o outro e provar, a qualquer
custo, que está com a razão! Aprendemos, infelizmente, que conversas são como
jogos, e servem para mostrar quem é o vencedor e quem é o perdedor! Mas,
definitivamente, isso nunca funcionou e nunca vai funcionar!
Simplesmente porque num relacionamento, seja ele de que nível for, não
existe um certo e um errado e, sim, dois pontos de vista, dois pedidos, dois
sentimentos, duas interpretações, dois universos que, em última instância – e
isso posso afirmar com toda certeza do mundo – só querem ser aceitos, amados e
felizes!
Mas enquanto um e outro falarem como se disparassem flechas em direção ao
alvo, enquanto tentarem impor seus desejos e repetirem frases-feitas do tipo
com você, não dá para conversar, você nunca me ouve, você é um
egoísta-cabeça-dura, não vão chegar a um consenso, muito menos à paz que tanto
desejam (mas não sabem como alcançá-la).
Parece mesmo contrária essa vontade de viver um grande amor, cheio de
alegrias e aquela harmonia de quando estavam completamente apaixonados e, ao
mesmo tempo, essa estranha e angustiante fome de discussão, desentendimento e
embate pelos motivos mais bobos, pelas razões mais infantis, por questões que,
no fundo, na maioria das vezes, não têm nem metade da importância que se dá a
elas durante uma briga.
A impressão que fica é que, em algum momento da história, solidificou-se a
idéia – completamente equivocada e ineficaz – de que amor é isso: uma queda de
braços, um interminável vai-e-vem de destilar a própria raiva à custa do outro
para, em seguida, arrepender-se e fazer as pazes. Mas acontece que isso só
serve para desgastar a relação, acumular mágoas e amontoar frustrações.
O que sobra? Cada qual no seu limite, a sensação de que não vale mais a
pena.
Talvez você diga: eu bem que tento conversar, mas o outro não tem condições!
Ok, mas você tenta quanto? Até o outro dar a primeira resposta torta e
grosseira e você pensar: ah, mas não vou mesmo ficar aqui ouvindo isso, e daí
aumenta o tom de voz o máximo que pode para deixar bem claro que você tentou,
mas que com ele é impossível? Ou, talvez, simplesmente desiste da conversa e
sai, alegando sua superioridade?
Assim, pode estar certo de que não vai funcionar! Se você realmente deseja
se entender com quem ama, tente mais! Não aumente o tom de
voz, fale com calma e repita, quantas vezes forem necessárias, que você deseja
compreendê-lo. Para tanto, faça perguntas, peça para que ele explique como está
se sentindo, por que reagiu de tal forma, enfim, esmiúce detalhe, interesse-se
de verdade pela dor do outro e tenha a certeza de que isso, sim, é amor!
Mais do que declarar o que você sente, mostre! Afinal, pode apostar: Amor
não é só algo que se sente. É algo que se
faz!
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Então...
Vamos Vivendo e MEFeando!!!
Aprendendo, Ensinando e
Sabendo Amar!!!
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