Trigésima Nona Estação...

Jesus cai pela segunda vez

 Via Sacra (7.ª Estação)

31 Março (Sábado) 

Leitura proposta (Livro das Lamentações 3, 1-2.9.16)

         A tradição da tríplice queda de Jesus sob o peso da cruz recorda a queda de Adão – o ser humano caído que somos nós – e o mistério da associação de Jesus à nossa queda. Na história, a queda do homem assume sempre novas formas. Olhando a história mais recente, podemos também pensar como a cristandade, cansada da fé, abandonou o Senhor: as grandes ideologias, com a banalização do homem que já não crê em nada e se deixa simplesmente ir à deriva, construíram um novo paganismo, um paganismo pior que o antigo, o qual, desejoso de marginalizar definitivamente Deus, acabou por perder o homem. Eis o homem que jaz no pó. O Senhor carrega este peso e cai... cai, para poder chegar até nós; Ele olha-nos para que em nós volte a palpitar o coração; cai para nos levantar. Senhor Jesus Cristo, carregastes o nosso peso e continuais a carregar-nos. É o nosso peso que Vos faz cair. Mas sois Vós a levantar-nos, porque, sozinhos, não conseguimos levantar-nos do pó. Em vez do coração de pedra, dai-nos novamente um coração de carne, um coração capaz de ver. Destruí opoder das ideologias, para os homens poderem reconhecer que estão permeadas de mentiras. Não permitais que o muro do materialismo se torne intransponível. Fazei que Vos ouçamos de novo. Tornai-nos sóbrios evigilantes para podermos resistir às forças do mal, e ajudai-nos a reconhecer as necessidades interiores e exteriores dos outros, e a socorrê-las. Erguei-nos, para podermos levantar os outros. Concedei-nos esperança no meio de toda esta escuridão, para podermos ser portadores de esperança no mundo.

Trigésima Oitava Estação...

Verônica limpa o rosto de Jesus

 

Via Sacra (6.ª Estação)

30 Março (6ª feira)

Leitura proposta (Salmos 27/26, 8-9)

          É, Senhor, o vosso rosto que eu persigo. Não escondais de mim o vosso rosto. Verônica encarna este anseio que provam todos os homens crentes de verem o rosto de Deus. Em todo o caso, na Via-Sacra de Jesus, Verônica não se deixa contagiar pela brutalidade dos soldados, nem imobilizar pelo medo dos discípulos. É a imagem da mulher bondosa que, perante a escuridão dos corações, mantém a coragem da bondade, não permite ao seu coração de entenebrecer-se. Ao princípio, Verônica via apenas um rosto maltratado e marcado pela dor. Mas, o ato de amor imprime no seu coração a verdadeira imagem de Jesus: no Rosto humano, coberto de sangue e de feridas, ela vê o Rosto de Deus e da sua bondade que nos acompanha mesmo na dor mais profunda.Somente com o coração podemos ver Jesus. Apenas o amor nos torna capazes de ver e nos torna puros. Só o amor nos faz reconhecer Deus, que é o próprio amor. Senhor, dai-nos a inquietação do coração que procura o vosso rosto. Protegei-nos do obscurecimento do coração que vê apenas a superfície das coisas. Concedei-nos aquela generosidade e pureza de coração que nos tornam capazes de ver a vossa presença no mundo. Quando não formos capazes de realizar grandes coisas, dai-nos a coragem de uma bondade humilde. Imprimi o vosso rosto nos nossos corações, para Vos podermos encontrar e mostrar ao mundo a vossa imagem.

Trigésima Sétima Estação...

Jesus é   ajudado  a  levar  a  cruz  pelo  Cireneu

 

  Via Sacra (5.ª Estação)

29 Março (5ª feira)

Leitura proposta (Mateus 27, 32; 16, 24)

 

     Simão de Cirene regressa do trabalho, vai a caminho de casa quando se cruza com aquele triste cortejo de condenados –para ele talvez fosse um espectáculo habitual. Os soldados valem-se do seu direito e colocam a cruz às costas dele, robusto homem do campo. Que aborrecimento não deverá ter sentido ao ver-se inesperadamente envolvido no destino daqueles condenados! Faz o que deve fazer, mas certamente com grande relutância. Do encontro involuntário, brotou a fé. Acompanhando Jesus e compartilhando o peso da cruz, o Cireneu compreendeu que era uma graça poder caminhar juntamente com este Crucificado e assisti-Lo. O mistério de Jesus que sofre calado tocou-lhe o coração. Jesus quer que compartilhemos a sua cruz para completar o que ainda falta aos seus sofrimentos. Sempre que, bondosamente, vamos ao encontro de alguém que sofre, alguém que é perseguido, partilhando o seu sofrimento ajudamos a levar a própria cruz de Jesus. E assim obtemos salvação, e nós mesmos podemos contribuir para a salvação do mundo. Senhor, abristes a Simão de Cirene os olhos e o coração, dando-lhe, na partilha da cruz, a graça da fé. Ajudai-nos a assistir o nosso próximo que sofre, ainda que este chamamento resultasse em contradição com os nossos projectos e as nossas simpatias. Concedei-nos reconhecer que é uma graça poder partilhar a cruz dos outros e experimentar que dessa forma estamos a caminhar convosco. Fazei-nos reconhecer com alegria que é precisamente pela partilha do vosso sofrimento e dos sofrimentos deste mundo que nos tornamos parte da salvação, podendo assim ajudar a construir o vosso corpo, a Igreja.

Atenção!! Atenção!! 12° Encontrão do MEF à Vista...

Este BLOG convoca todos os MEFEANOS e convidados para fazerem parte deste momento de encontro e confraternização!!!

É  dia 31/03/2012 - neste sábado - no Salão da Paróquia Sant'Ana da Maciel.

Vai ai a programação:

13:00h - Abertura
13:15h - Acolhida Musical
13:30h - Acolhida do Casal Coordenador- Flávio e Liane , do Pe. Luis Armindo Caponi e Pe. Cláudio Alves de Deus
14:00h - PALESTRA - Tema: "Relacionamento Familiar"
               Palestrante: Pastor Ismar Pinz
15:30h - Apresentações: 1° Jovens, 2° Crianças e 3° Depoimento de um Jovem e Do Grupo Organizador do Encontro
16:00h - Encerramento
16:30h - Confraternização

Os Grupos estão organizando caravanas para participar!!!

Vista sua camiseta, a "azulzinha", traga sua alegria e seu abraço MEFeano e venha para o encontro deste povo de Deus!!!

E ganhe este selo

Trigésima Sexta Estação...

Jesus encontra sua Mãe

 

Via Sacra (4.ª Estação)

28 Março (4ª feira)

Leitura proposta (Lucas 2, 34-35.51)

 

       Na Via-Sacra de Jesus, aparece também Maria, sua Mãe. Durante a sua vida pública, teve de ficar de lado para dar lugar ao nascimento da nova família de Jesus, a família dos seus discípulos. No coração, tinha sempre conservado as palavras que o anjo Lhe dissera quando tudo começou: «Não tenhas receio, Maria». Os discípulos fugiram; Ela não foge. Ela está ali, com a coragem de mãe, com a fidelidade de mãe, com a bondade de mãe, e com a sua fé, que resiste na escuridão: «Feliz daquela que acreditou». «Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará fé sobre a terra?». Sim, agora Ele sabe-o: encontrará fé. E esta é, naquela hora, a sua grande consolação. Santa Maria, Mãe do Senhor, permaneceste fiel quando os discípulos fugiram. Tal como acreditastes quando o anjo Vos anunciou o que era incrível –que haverias de ser Mãe do Altíssimo –assim também acreditastes na hora da sua maior humilhação. E foi assim que, na hora da cruz, na hora da noite mais escura do mundo, Vos tornastes Mãe dos crentes, Mãe da Igreja. Nós Vos pedimos: ensinai-nos a acreditar e ajudai-nos para que a fé se torne coragem de servir e gesto de um amor que socorre e sabe partilhar o sofrimento.

Trigésima Quinta Estação...

Jesus cai pela primeira vez

Via Sacra (3.ª Estação)

27 março (terça-feira)

Leitura proposta (Isaías 53, 4-6)

       A humilhação de Jesus é a superação da nossa soberba: com a sua humilhação, Ele faz-nos levantar. Deixemos que nos levante. Despojemos-nos da nossa auto-suficiência, da nossa errada cisma de autonomia e aprendamos o contrário d’Ele, d’Aquele que Se humilhou, ou seja, aprendamos a encontrar a nossa verdadeira grandeza, e voltando-nos para Deus e para os irmãos espezinhados.

       Senhor Jesus, o peso da cruz fez-Vos cair por terra. O peso da nossa soberba deita-Vos ao chão. Mas, a vossa queda não é sinal de um destino adverso, nem é a pura e simples fraqueza de quem é espezinhado. Quisestes vir até junto de nós que,  pelo nosso erro, jazemos por terra.      
 Senhor, vinde em nossa ajuda, porque caímos. Ajudai-nos a abandonar a nossa soberba devastadora e, aprendendo da vossa humildade, a pormo-nos novamente de pé.

Trigésima Quarta Estação...

Jesus é carregado com a cruz

 

 Via Sacra (2.ª Estação)

26 Março (2ª feira)

Leitura proposta (Mateus 27, 27-31)

   Jesus, condenado como pretenso rei, é escarnecido, mas precisamente na troça aparece cruelmente a verdade. Quantas vezes as insígnias do poder trazidas pelos poderosos deste mundo são um insulto à verdade, à justiça e à dignidade do homem! Por isso mesmo, Jesus, Aquele que é escarnecido e que traz a coroa do sofrimento, é o verdadeiro rei. O preço da justiça é sofrimento neste mundo: Ele, o verdadeiro rei, não reina por meio da violência, mas através do amor com que sofre por nós e conosco. Ele carrega a cruz, a nossa cruz, o peso de sermos homens, o peso do mundo. É assim que Ele nos precede e mostra como encontrar o caminho para a vida verdadeira. Senhor, deixastes que Vos escarnecessem e ultrajassem. Ajudai-nos a não fazer coro com aqueles que escarnecem quem sofre e quem é frágil. Ajudai-nos a reconhecer o vosso rosto em quem é humilhado e marginalizado. Ajudai-nos a não desanimar perante as zombarias do mundo quando a obediência à vossa vontade é metida a ridículo. Carregastes a cruz e convidastes-nos a seguir-Vos por este caminho. Ajudai-nos a aceitar a cruz, a não fugir dela, a não lamentarmo-nos nem deixar que os nossos corações se abatam com as provas da vida. Ajudai-nos a percorrer o caminho do amor e, obedecendo às suas exigências, a alcançar a verdadeira alegria.

TrigésimaTerceira Estação...

Jesus é Condenado à Morte

 Via Sacra (1.ª Estação)
25 março (Domingo)

Leitura proposta (Mateus 27, 22-23.26)

        Os homens que gritam e pedem a morte de Jesus não são monstros de malvadez. Mas naquele momento sofrem a influência da multidão. Gritam porque os outros gritam e como gritam os outros. E, assim, a justiça é espezinhada pela covardia. A voz sutil da consciência fica sufocada pelos gritos da multidão.  A indecisão, o respeito humano dão força ao mal. Senhor, fostes condenado à morte porque o medo do olhar alheio sufocou a voz da consciência. E, assim, acontece que, sempre ao longo de toda a história, inocentes sejam maltratados, condenados e mortos. Quantas vezes também nós preferimos o sucesso à verdade, a nossa reputação à justiça. Dai força, na nossa vida, à voz sutil da consciência, à vossa voz. Olhai-me como olhastes para Pedro depois de Vos ter negado. Fazei com que o vosso olhar penetre nas nossas almas e indique a direção à nossa vida. Àqueles que na Sexta-feira Santa gritaram contra Vós, no dia de Pentecostes destes a contrição do coração e a conversão. E assim destes esperança a todos nós. Não cesseis de dar também a nós a graça da conversão.

Trigésima Segunda Estação...

Oração de Jesus no Getsémani

24 março (Sábado)

Leitura proposta (Mateus 26, 36-46) 

    Este Jesus, verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem, angustia-se de forma brutal (“minha alma está numa tristeza de morte”) antes do suplício que o espera e pede ao Pai para, se for possível, afastar de Si aquele “Cálice”. O sofrimento e a fragilidade do Filho de Deus não o impedem, pela presença e comunhão com o Seu Pai, de aceitar o sofrimento do seu destino de salvação da humanidade.

        Que isso seja para nós, sinal da verdade da entrega. Fomos e somos criados, salvos e amados não por um “super-homem” imune à dor, ao sofrimento e à dúvida mas por um Homem verdadeiro que deu tudo o que tinha e era por nós. Lembremos também as nossas dores (tantas vezes incompreensíveis e difíceis de aceitar) para que, enquadradas no sofrimento de Cristo, possam ter algum sentido na nossa vida.

Trigésima Primeira Estação...

Instituição da Eucaristia

23 março ( 6ª feira)

Leitura proposta (Marcos 14, 22-26)

      Este momento central da nossa comunhão com Ele, instituído pelo próprio Jesus, constitui um mistério e um milagre renovado da dádiva do Deus, que se torna alimento para cada um de nós. Deus que, no pão e no vinho (símbolos, por excelência, do nosso trabalho e da terra que temos para cuidar), nos deixa participantes do seu próprio corpo. Tomemos cada participação na eucaristia com a consciência e a alegria de quem é beneficiário desse presente de vida eterna, de um convite para receber Deus como alimento.

Trigésima Estação...

Unção de Betânia

22 Março (5ª feira)

Leitura proposta (Mateus 26, 6-13)

 

         Como tratamos Jesus e o que vem dele? Honramo-Lo com o nosso “perfume” de alto preço? ou tratamo-Lo deforma mais “racional”, deixando-lhe um lugar algo secundário na nossa vida? A mulher de Betânia não teve “meias medidas” no seu Amor por Jesus, não pensou duas vezes e honrou-O com o que de mais precioso havia (sem ponderar as reações dos outros). Porque não tentar, nesta quaresma, “racionalizar” menos o nosso Amor por Cristo e viver mais, de “peito aberto”, a nossa oração e a nossa prática religiosa, expandindo o lugar de Jesus nas nossas vidas?

Vigésima Nona Estação...

A purificação do templo 

21 Março (4ª feira)

Leitura proposta (João 2, 13-24)

 

      Quem é este Jesus que expulsa, à chicotada, os “vendilhões do templo”, aqueles que disformam o “sagrado”, que ofendem a essencialidade das tradições, que transformam “a casa de Deus numa feira”? E nós, quantas vezes condescendemos com a ofensa, com a injúria, com o ataque vil e gratuito, com o “comércio” do sagrado?

      Quantas vezes nos escondemos, por medo ou por vergonha, não afirmando com clareza aquilo em que acreditamos, não defendendo os nossos irmãos e aqueles que mais precisam? Pensemos também, nestes dias de deserto, nas situações em Deus nos pede mais coragem e mais assertividade.

Vigésima Oitava Estação...

 Entrando em Jerusalém

20 de Março (3ª feira)

Leitura proposta (Lucas 19, 29-40)

 

         Jesus, montado em cima de um burro, entra em Jerusalém, aclamado por entre ramos de palmeiras que a multidão segurava “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!”. Segundo o relato de outro Evangelista, se se mandasse calar a multidão, até as pedras aclamariam a entrada triunfal de Jesus. É o momento crucial de “sucesso” humano do mesmo Jesus que, pouco depois, será condenado à morte com a complacência do povo que agora o aclama. Lembremos os nossos sucessos e fracassos e tenhamos a capacidade de relativizar cada um deles.

Vigésima Sétima Estação...

Jesus e os Pequeninos

19Março (2ª feira)

Leitura proposta (Lucas 18, 15-17)

 

      É emocionante, e muito simbólico, este episódio da vida de Jesus. Imaginamos as crianças a quererem chegar a Jesus, os seus familiares a quererem que Jesus lhes tocasse e os discípulos procurando impedir esse encontro (o Filho de Homem é demasiado importante para estar ocupado com criancinhas...). Jesus quer receber essas crianças, brincar com elas, afirmando, para aprendizagem de todos, que o “Reino dos Céus” é das criancinhas. “Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele”. Receber o Reino como uma criancinha: com a alegria e o assombro do encontro com a novidade, sem preconceitos, racionalismos ou receios. Tomemos cada bocadinho, cada sinal, do Reino de Deus como o mais bonito presente, acabado de abrir na manhã de Natal. Nestes dias, vamos ter particular atenção à nossa capacidade de nos maravilharmos com Jesus e a sua proposta de Felicidade.

Vigésima Sexta Estação...

O Reino de Deus Já Chegou

18 Março (Domingo)

Leitura proposta (Lucas 17, 20-21)

    “O Reino de Deus não vem de maneira ostensiva. Ninguém pode afirmar “Ei-lo aqui” ou “Ei-lo ali”, pois o Reino de Deus está entre vós”... Temos alguma tendência em olhar para o Reino de Deus como algo distante, adiado, uma espécie de recompensa para uma vida terrena sem pecado. Nada mais errado! O Reino de Deus está em nós e à nossa volta e é nossa responsabilidade, alegria e salvação, construir esse Reino todos os dias. Procuremos, assim, durante estes dias, na realidade que nos circunda, nos nossos gestos e nas atitudes dos outros, sinal desse Reino real, concreto, palpável.

Vigésima Quinta Estação...

Confiança na Providência Divina

17 Março (Sábado)

Leitura proposta (Lucas 12, 22-32)

 

       Quantas vezes desanimamos por não nos sentirmos “à altura”, por nos centrarmos nas nossas faltas, nas nossas limitações e na nossa incapacidade de, sozinhos, cumprirmos a missão de sermos felizes. A verdade fundamental é que não estamos sozinhos. Deus está sempre por nós, conosco. Basta acreditarmos verdadeiramente nisto, abandonarmo-nos à sua vontade, confiarmos na sua providência, confiarmos-Lhe a nossa vida e vontade. Seremos, então, mais livres, mais felizes, mais santos. Precisamos de treinar esse “abandono”, relativizando a nossa “auto-suficiência” e abrindo o nosso coração aos outros (é neles que está o nosso Deus) e a Jesus (pela oração). Habituarmo-nos a ajudar mas também a pedir (e a aceitar) ajuda.

Vigésima Quarta Estação...

 A Verdadeira Bem-aventurança

16 Março (6ªFeira)

Leitura proposta (Lucas 11, 27-28)

 

     “Felizes, antes, os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática”. A palavra é o verdadeiro caminho da felicidade, acessível e destinado a todos. A palavra de Deus é, por outro lado, uma “boa aventura”, de encontro amoroso entre Deus e a humanidade, apontando esse caminho de Amor como a chave da verdadeira Felicidade. Sempre que, nestes dias, ouvirmos ou lermos a Palavra de Deus, vamos escutar com redobrada atenção e pensar sempre: o que é que esta passagem tem que ver com a minha vida? Como é que a ponho em prática?

Vigésima Terceira Estação...

Oração

15 Março (5ª Feira)

Leitura proposta (Lucas 11, 9-13)

    “Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á”. Jesus apontou sempre a oração como o caminho para o Pai, rezando permanentemente e com particular incidência para os momentos mais difíceis. A oração, esse ponderar com o coração na presença do divino, pode ser de várias formas e qualquer que seja, o indispensável é a nossa relação com Jesus. Nesta quaresma, apostemos então, de forma particular e intensa, na nossa oração, procurando guardar uma parte do nosso dia para rezar.

Vigésima Segunda Estação...

Condições para Seguir Jesus

14 Março (4ª feira)

Leitura proposta (Lucas 9, 23-27)

      “Quem quiser seguir-Me (...) negue-se a si mesmo”, “tome a sua cruz”, “perca a sua vida”... São palavras duras de Jesus, que mostram bem que a proposta que Ele faz à Humanidade não é nem uma “brincadeira”, nem uma simples proposta filosófica, que podemos ir seguindo de forma mais-ou-menos intermitente. É uma mudança radical da nossa existência, que nos obriga a negarmo-nos como centro da nossa felicidade, a apostarmos a nossa própria vida nesse projecto de felicidade e aceitarmos que esse caminho - de salvação e alegria duradoura - tem sofrimento, incompreensão, pedras e espinhos, cruz. É, por outro lado, em sentido quase paradoxal com as palavras de Jesus, a verdadeira  forma de conseguirmos afirmarmo-nos a nós mesmos, ganhando a verdadeira vida!

Vigésima Primeira Estação...

Pai-nosso

13 Março (3ª feira)

Leitura proposta (Mateus 6, 9-13)

     Tantas vezes dizemos esta oração de forma mecânica, repetida e pobre, sem atendermos no sentido das suas palavras e na importância vital que tem para a nossa vida e para a nossa relação com os outros. É, antes domais, a oração que nos caracteriza, que nos define e que permite afirmar, perante o mundo, quem somos (filhos de Deus e irmãos de todos os Homens, em Cristo). Sempre que a rezarmos verdadeiramente, sentiremos essa pertença, essa missão, esse acompanhamento. Não estamos sós e, com Cristo, seremos felizes se vivermos para os outros.

Vigésima Estação...

A Transfiguração de Jesus

  12 Março (2ª Feira)

Leitura proposta (Mateus 17, 1-9)

        O momento da transfiguração é um dos sinais mais bonitos da demonstração da divindade e glória de Jesus e da antevisão da Sua Morte e Ressurreição. Jesus que, estando no monte a rezar com Pedro, João e Tiago, viu o Seu rosto modificar-se, as suas vestes tornarem-se de um “branco fulgurante”... Também nas nossas vidas Jesus aparece, tantas vezes “transfigurado”, em múltiplas caras, personalidades e circunstâncias. Que Deus nos dê a capacidade de subirmos com Jesus ao Monte, de reconhecer-mos a Glória na face dos que nos rodeiam e nos dê as forças necessárias para não cairmos na tentação de tentar aproveitar egoisticamente o sentimento de comunhão com Ele, montando tendas e ficando no monte.

Décima Nona Estação...

 Um Novo Mandamento

 11 Março (Domingo)

Leitura proposta (Lucas 10, 25-28)

       “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”. Amar Deus, amar o próximo, amarmo-nos anós mesmos. Deixemos que este maravilhoso resumo do mais bonito ensinamento de Jesus Cristo tome contada nossa reflexão e ecoe no nosso dia-a-dia. Só o Amor basta.

Décima Oitava Estação...

  Confissão de Pedro

10 Março (Sábado)

Leitura proposta (Lucas 9, 18-20)

 

         Jesus pergunta aos discípulos quem dizem as multidões que Ele é... E nós quem dizemos que é Jesus? Quem é para nós realmente Jesus? Uma personagem “histórica” ou “profética” (que até nos é próxima, agradável e sábia, pelo menos de um ponto de vista místico) ou verdadeiramente o Filho de Deus, que se fez Homem, habita entre nós e se transforma no pão e vinho, que comungamos na missa... é apenas uma referência ou a referência? Nesta quaresma podemos agradecer a Deus o seu Filho e esforçarmo-nos por criar/reforçar, através da oração, uma relação pessoal com Ele (sabendo até que é nessa relação que assenta, no fundo, a religião que dizemos professar).

Décima Sétima Estação...

Jesus acalma a Tempestade

9 Março (6ª feira)

  Leitura proposta (Mateus 12, 46-50)

 

        Quem é este Jesus a quem até o vento e o mar obedecem? Quando o nosso “barco” abana, e a crise de instala em algum aspecto da nossa vida, sabemos que lá dentro - conosco - temos Aquele que acalma as tempestades e que impõe a calma. Não percamos a humildade de pedir a Sua ajuda nem a Fé. Tentemos,  nestes dias,  identificar as nossas “tempestades” e tentar atacá-las com fé, oração e calma.

Décima Sexta Estação...

A Família de Jesus   

8 Março (5ª feira)

Leitura proposta (Lucas 8, 19-21)

 

    “Quem é a minha mãe e os meus irmãos?”. A dureza da pergunta retórica de Jesus não questiona a importância e a proximidade de Maria e dos seus familiares mas aponta, de forma “revolucionária” para o seu (e para o nosso) tempo, para uma noção de família muito mais alargada que nos inclui a todos na categoria de irmãos (“todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe”). E nós: será que olhamos verdadeiramente para todos os homens como nossos irmãos? E que tal tentar “fraternizar” o nosso olhar, a nossa atitude interior e o nosso modo de atuar no mundo?

 

Dia Internacional da Mulher!!!!

Parabéns a todas as Mulheres Mefeanas pelo dia!!! Para  nós, os outros 364 dias também são seus!!!

Décima Quinta Estação...

Parábola do Semeador

 7 Março (4ª feira)

Leitura proposta (Mateus 13, 1-9)

         Quaresma é tempo de “preparar a terra” para receber a “semente” da palavra de Deus.

         Que tenhamos, em cada momento, consciência da necessidade de “limpar”, “arar” e “deixar repousar” a “terra” da nossa mente e do nosso coração, para que as inúmeras “sementes” que o Senhor nos lança, germinem e dêem frutos. Temos obrigação de cuidar de nós e do que está semdo plantado em nossas famílias...

         Que Deus nos ajude também a reconhecer, nos outros,  no companheiro(a), nos filhos, nos amigos e nas circunstâncias, “semeadores” e “sementes”, oportunidades de crescer na Fé e no Amor.

Décima Quarta Estação...

A Pecadora Arrependida

6 Março (3ª feira)

Leitura proposta (Lucas 7, 36-50)

       Que fantástica a proposta de amor de Jesus e a sua ruptura com a tradição. Ele diz-nos que não são os nossos pecados, a suposta falta deles ou o bom cumprimento dos preceitos que nos traz a Salvação. Esta depende apenas de amarmos. Assim, em vez de nos perguntarmos tanta vez “que mal faz?” Devíamos, diante de cada opção, perguntar-nos antes “que bem faz?” ou “de qual dos caminhos virá um bem maior?” Por outro lado, será que, nas nossas relações de todos os dias acolhendo “fariseus”, premiando as “aparências” e o cumprimento formal das regras, estamos deixando de lado a  possibilidade  de  amar  e  receber  os “pecadores”?

Décima Terceira Estação...

  Edificar Sobre a Rocha

5 Março (2ª feira)

Leitura proposta (Lucas 6, 46-49)

 

            Ouvir e pôr em prática a palavra de Jesus é “construir” a nossa casa, nossa vida e a nossa Família “sobre a rocha”, com fundações sólidas e estáveis, capazes de suportar crises e intempéries. É, pois, pela palavra que chegamos ao Pai, e que vamos conseguindo, a pouco e pouco, sedimentar as nossas vidas nos ensinamentos de Jesus, separando o que é essencial do acessório. 

   Sobre esta Rocha devemos fixar nossos sonhos, nossa realidade, nossos amores, nosso dia-a-dia, nosso coração, tudo o que desejamos e tudo o que temos... Pode vir ventos, tempestades e nada acontecerá, estaremos firmes e fortes em Jesus

Décima Segunda Estação...

 

 Amor aos inimigos "Regra de ouro"

4 Março (Domingo)

Leitura proposta (Lucas 6, 27-38)

 

        Que mudança radical: o Amor de Jesus não é apenas um sentimento “quentinho” de harmonia com aqueles de quem gostamos (que são parecidos connosco, que pensam como nós ou que, por qualquer motivo, nos são próximos)... impõe-nos, de forma radicalmente exigente, que amemos os nossos inimigos. “Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem” é um mandamento duro mas muito claro. É um apelo de “perfeição”, de “santidade”, que nos transforma verdadeiramente por dentro, que nos empurra para a missão de mudarmos também o mundo à nossa volta. Nesta quaresma vamos ter particular atenção àqueles que nossão mais distantes, menos agradáveis, de quem não gostamos tanto.

Décima Primeira Estação...

As Bem-aventuranças

3 Março (Sábado)

Leitura proposta (Mateus 5, 1-12)

           Jesus, na lição das bem-aventuranças, deixa-nos um pequeno guia-resumo da verdadeira felicidade, segundo os critérios de Deus (muito distintos, opostos até, dos pressupostos habituais da satisfação humana). Nessa lição está condensado o essencial da mensagem cristã: nela aprendemos que é sendo “pobres”, “chorando”, sendo “mansos”, “sequiosos de Justiça”, “sofrendo perseguição”, sendo “misericordiosos”, promovendo a “paz” que construiremos o Reino dos Céus, encontrando a felicidade. Em termos simples, diz-nos que, afinal, é vivendo também para os outros (e não somente centrados em nós) que conseguiremos construir a duradoura alegria.

           Que estas “bem-aventuranças”, tão simples de compreender (mas bem mais difíceis de pôr em prática), acompanhem a nossa vida de todos os dias, transformando - com a ajuda de Jesus - o nosso modo de sentir e agir, fazendo-nos e aos que nos rodeiam mais Homens, mais cristãos e mais felizes.

Décima Estação...

Bodas de Caná

2 março(6ª sexta-feira)

Leitura proposta (João 2, 1-12)

Pomos a atenção em Jesus e na circunstância de, mesmo reticente ("anda não chegou a minha hora"), aceitar a intervir naquele casamento pelo insistente pedido de Maria ( A Maravilha de um Homem Deus que ouve sua Mãe...).
Surpende também que o primeiro sinal de divindade de Jessus aconteça no contexto de uma celebração, de festa, tão humano, tão comum e, aparentemente,  tão pouco fundamental (de acodo com os critérios de muitos)...
Por isso que esse povo do MEF é tão festeiro!!!
Não há sinal maior de divindade em nós, do que a união e  a amizade...